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Teresina - Piauí

Sindjor repudia caso de violência contra jornalistas em Teresina

O sindicato afirmou que está à disposição do casal e de qualquer jornalista que se sinta agredido fisicamente e moralmente exercendo o seu trabalho ou em atividade de lazer.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor – PI) publicou na tarde desta segunda-feira (22), uma nota de repúdio ao caso de violência com o casal de jornalistas Glenda Uchôa e Pablo Cavalcante na noite de ontem (21), durante um ato pró-Bolsonaro, em Teresina.

Na nota, a entidade “lamenta e condena veementemente o clima de ódio, traduzido em violência física e psicológica em alguns momentos, nesse período que antecede a eleição presidencial do dia 28 de outubro, em Teresina e nos demais municípios piauienses”.

O Sindjor fez também um alerta “para os riscos de contaminação da sociedade por práticas fascistas e de desrespeito aos Direitos Humanos que merecem o repúdio de toda a imprensa e, por extensão, da sociedade brasileira”.

O sindicato afirmou ainda que está à disposição do casal e de qualquer jornalista que se sinta agredido fisicamente e moralmente exercendo o seu trabalho ou em atividade de lazer. A entidade prometeu acompanhar o caso, além de fazer um relato à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e às entidades internacionais de defesa da liberdade de imprensa.

Confira nota na íntegra:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) lamenta e condena veementemente o clima de ódio, traduzido em violência física e psicológica em alguns momentos, nesse período que antecede a eleição presidencial do dia 28 de outubro, em Teresina e nos demais municípios piauienses.

Defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito, é o que tem pautado a ação diária do Sindjor-PI e, em razão do processo eleitoral para a escolha do presidente da República, marcado por clara disputa entre um projeto democrático e outro autoritário, que atenta contra os direitos fundamentais da pessoa humana e da própria democracia, que o Sindicato vem a público repudiar o ato violento cometido contra a jornalista Glenda Uchôa, do Sistema O Dia de Comunicação, que sofreu um ataque durante manifestação de apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) em Teresina.

A jornalista Glenda Uchôa, que estava acompanhada do namorado e também jornalista Pablo Cavalcante, estavam passando no carro quando foram abordados por manifestantes do ato político, e tiveram seu veículo cercado. Um dos participantes do ato chegou a quebrar o vidro do lado do motorista com as mãos, resultando em registro de Boletim de Ocorrência em Delegacia de Polícia. Atitude que demonstra ódio e atentado ao direito constitucional do cidadão ou cidadã de ir e vir.

Diante do ocorrido com o casal de jornalistas o Sindjor-PI acredita, mais do que nunca, que esse é um momento histórico de assegurar e renovar nossos compromissos com uma sociedade livre, plural, justa, solidária e democrática. É fundamental para o exercício do jornalismo a liberdade de expressão, o fiel respeito à ética e a dignidade de todos os seres vivos.

Por isso, alertamos para os riscos de contaminação da sociedade por práticas fascistas e de desrespeito aos Direitos Humanos que merecem o repúdio de toda a imprensa e, por extensão, da sociedade brasileira. Por isso, conclamamos os jornalistas a denunciar a sua entidade sindical e às autoridades de segurança pública tais bárbaries, a fim de que medidas legais sejam adotadas conforme as leis em vigência no País contra transgressores dos direitos dos cidadãos e cidadãs.

A assessoria jurídica do Sindicato está à disposição do casal de jornalistas, Glenda Uchôa e Pablo Cavalcante, ou de qualquer profissional que se sinta agredido fisicamente e moralmente no exercício do jornalismo ou na sua atividade de lazer, e acompanhará o caso, além de fazer um relato à Fenaj e às entidades internacionais de defesa da liberdade de imprensa.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí

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