Andressa Martins
Débora Dayllin
Milhares de cristãos teresinenses levantaram cedinho na manhã deste domingo (10), para participar da 23ª edição da Caminhada da Fraternidade que este ano apresenta o tema “Diferenças: nós respeitamos”, levantando a bandeira da tolerância e empatia pelo próximo.
O evento iniciou as 7h, com a Santa Missa, celebrada pelo arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, ao lado da Igreja São Benedito. Após a missa campal, os fiéis se dirigiram em caminhada pela Avenida Frei Serafim, e ás 9h40 chegaram a Ponte Estaiada, onde este ano se encerra o evento, com a benção final e shows de bandas locais.
O coordenador geral da Caminhada da Fraternidade e presidente da Ação Social Arquidiocesana (ASA), Padre Tony Batista pontuou que a culpa da exclusão está na sociedade burguesa e não na igreja. “A religião não é intolerante, não é beligerante e não é excludente. Alguns da sociedade é que são indiferentes que são intolerantes, olha a resposta do povo, quando o povo é solicitado, responde, então nós acreditamos que o Brasil tem jeito sim, o que está precisando é de lideranças, de homens e mulheres capazes de levar esperança para o nosso povo. Tem muita gente de outras religiões aqui, porque eles não são inferiores, eles são nossos irmãos, ninguém é meu inimigo por conta de cor, raça ou orientação sexual, somos filhos do mesmo pai, acontece que a nossa sociedade ela é burguesa e inconsequente, e essa burguesia exclui e pisa, temos que acabar com isso”, pontuou o Vigário Geral de Teresina.
Para a acolita da Paróquia de Fátima, Andressa Vieira, a caminhada este ano quer mostrar que a igreja católica respeita e acolhe todas as diferenças. “Somos umas 15 pessoas, fazemos parte da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. O cristão tem que ser feliz, tem que ser alegre. Deus era assim e ele queria que a gente fosse assim também. Então como grupo de acólitos tem que transparecer isso, porque ser solidário, é ser bom, é importante ajudar o próximo. E o tema desse ano veio a calhar, porque no mundo que estamos hoje, há muita diversidade então mais do que tudo, o cristão quer mostrar que a gente respeita isso”, disse Andressa Vieira.
Diversos políticos estiveram presentes na caminhada, como o ex-governador Wilson Martins (PSB), pré-candidato ao Senado Federal, o deputado e pré-cadidato ao governo Luciano Nunes (PSDB), a vice-governadora Margarete Coelho (PP), a vereadora Teresa Brito (PV), e o deputado estadual João Mádison (MDB). O governador Wellington Dias (PT) mesmo operado do ombro fez questão de passar no evento e manifestar seu apoio a causa.
O deputado estadual João Mádison, quando possível, sempre está presente na caminhada.“Este é um momento para fortalecermos a nossa fé e, claro, ajudamos aqueles que mais necessitam. Temos que agradecer a Deus, todos os dias, pelo dom da vida”, disse João Mádison.
O Prefeito de Teresina, também esteve presente no evento juntamente com sua esposa, a pré-candidata a deputada estadual Lucy Soares, e relembrou o mandamento da igreja “Amar ao próximo como a ti a mesmo”. “Sem dúvida a caminhada da fraternidade já se transformou em uma tradição na cidade de Teresina, está numa 23ª edição, e nesse ano traz uma temática importante, muito contemporânea para o Brasil e principalmente para a nossa Teresina. Esse ano a campanha da fraternidade propõe essa reflexão sobre as diferenças, nós vivemos em uma sociedade onde existem pessoas diferentes, grupos diferentes, nós temos que conviver, então para convivermos de uma forma civilizada nós temos que respeitar, e para o cristão existe um mandamento maior, Amai ao próximo como a ti mesmo, é olhar para o irmão não como um adversário, mas como irmão mesmo”, afirmou o prefeito de Teresina.
O tema foi abraçado pelos fiéis que participaram da caminhada neste domingo, pois, o respeito às diferenças é fundamental para qualquer sociedade. “Eu acho que, antes de mais nada, devemos perceber que somos milhares de pessoas caminhando juntas, em prol de algo em comum. E esse algo em comum é justamente esse respeito às diferenças, porque até o termo diferença é relativo. O diferente não é errado, o diferente é apenas diferente. Então, simbolicamente, nós estamos juntos caminhando em prol disso pois é importante para a sociedade”, finalizou o fiel Adelino Nunes.
Ver todos os comentários | 0 |