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Boqueirão do Piauí - Piauí

Pedido sequestro dos bens de servidor que desviou recursos para pagar agiota no Piauí

Pedido foi ajuizado pelo delegado Francisco Denis Lustosa, da Delegacia de Combate à Corrupção.

A Delegacia de Combate à Corrupção pediu o sequestro dos bens do ex-gestor de recursos do Instituto de Previdência do Município de Boqueirão, Paulo Gomes Pereira, acusado de dar um desfalque nos cofres da instituição. O ex-gestor foi investigado através de inquérito policial e indiciado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

O pedido de sequestro patrimonial foi feito pelo delegado Francisco Denis Lustosa Sampaio, da Delegacia de Combate à Corrupção, ao juízo da Vara Única da Comarca de Capitão de Campos.

Paulo Gomes confessou ter feito as transferências das contas do instituto afirmando que teria se metido em uma confusão e que teria um agiota querendo matá-lo, posteriormente ao ser ouvido no inquérito mudou a versão dos fatos e disse que ficou viciado em apostas 'online'.

O delegado pediu o sequestro e restrição de matrícula dos imóveis encontrados em nome do ex-gestor em todos os Cartórios do Piauí; a busca, apreensão e sequestro dos veículos encontrados em seu nome e o bloqueio via Banco Central de tudo que foi encontrado contra o CPF do indiciado/investigado até o limite de R$ 101.675,00 (cento e um mil, seiscentos e setenta e cinco reais).

A ação foi ajuizada no dia 11 de outubro e os autos estão conclusos para decisão.

Entenda o caso

A Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD) finalizou o inquérito instaurado para investigar o crime de peculato praticado contra o Instituto de Previdência do Município de Boqueirão e indiciou Paulo Gomes Pereira, ex-gestor de recursos do órgão previdenciário. O inquérito foi instaurado a partir do Boletim de Ocorrência registrado pelo presidente do instituto, Antônio Sales Filho, que relatou ter sido notificado pelo Banco do Brasil sobre movimentações suspeitas na conta do órgão, e que havia transferências para a conta corrente de titularidade de Paulo Gomes Pereira.

O presidente interpelou o servidor, que confessou ter feito as transferências afirmando que teria se metido em uma confusão e que teria um agiota querendo matá-lo.

O acusado foi ouvido e confessou que em maio deste ano conheceu um jogo on-line de nome ‘Blazer’ e passou a fazer apostas frequentemente. Disse que chegou a ganhar algumas vezes, mas na maioria perdia. No início começou a depositar R$ 40,00 (quarenta reais), passou para R$ 100,00 (cem reais), chegando a depósitos de mais de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Com os valores depositados, fazia os jogos com apostas variadas, a depender do saldo e, ao final, a prática se tornou um vício e se viu endividado.

Paulo Gomes afirmou que inicialmente pediu empréstimo junto ao Nubank, e depois a seu irmão e amigos, mas que continuava endividado. No mês de agosto de 2022 recorreu a transferências do Instituto de Previdência para a própria conta, no intuito de recuperar os valores perdidos e ressarcir os valores transferidos. Conta que foi descoberto pelo Presidente do Instituto e admitiu o que estava acontecendo.

O servidor afirmou que não dispõe de nenhum valor que foi transferido do Instituto, pois apostou uma parte e quitou uma parte de suas dívidas.

Segundo documentos que instruem o inquérito, as transferências realizadas da conta do Instituto diretamente para a conta do servidor totalizam R$ 101.675,00 (cento e um mil seiscentos e setenta e cinco reais). Os desvios dos recursos públicos foram feitos entre 11 de agosto a 15 de setembro de 2022.

Paulo Gomes Pereira foi indiciado pelos crimes previstos no Art. 312 do CP (peculato) e Art. 1º da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro) e poderá pegar até 12 anos de cadeia.

O inquérito foi presidido pelo delegado Francisco Denis Lustosa Sampaio e enviado à Vara Única da Comarca de Capitão de Campos no dia 10 de outubro de 2022.

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