Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Família de Débora Vitória protesta contra demora na conclusão do inquérito

"Queremos justiça, é só porque eu sou pobre que não vai ter resposta?", questionou a mãe da menina.

A família da pequena Débora Vitória, de 6 anos, morta durante assalto no bairro Ilhotas, na zona sul de Teresina, no dia 11 de novembro, realizou na manhã desta segunda-feira (12), manifestação em frente ao Fórum Cível e Criminal Desembargador Joaquim de Souza Neto cobrando justiça.

A mãe de Débora, Dayane Gomes, que também foi atingida durante o assalto, afirmou que fará novas manifestações até o caso seja resolvido. “Eu vou organizar outras manifestações até o dia 20 de dezembro, que foi o prazo que a delegada deu. A delegada nunca falou comigo. Hoje foi que meu advogado entrou em contato com ela, e ela falou que até o dia 20 daria a resposta”, afirmou ao GP1.

Foto: Carolina Matta/GP1Mãe de Débora Vitória pede justiça
Mãe de Débora Vitória pede justiça

“Hoje está fazendo 31 dias e nada foi feito, queremos justiça, é só porque eu sou pobre que não vai ter resposta? Eu quero justiça”, enfatizou Dayane Gomes.

Sem prorrogação

O advogado Smailly Carvalho, que representa Dayane Gomes, disse ao GP1 que a delegada Nathália Figueiredo, responsável pelo inquérito, garantiu que não haverá prorrogações.

“Ainda estão nas investigações, o prazo para se findar as investigações é dia 20 de dezembro, nós conversamos com a delegada responsável que nos garantiu que dia 20 conclui o inquérito, que não vai pedir mais prazo e esperamos que sejam feitos os devidos indiciamentos”, declarou Smailly.

Foto: Carolina Matta/GP1Manifestantes em frente ao fórum
Manifestantes em frente ao fórum

Morte de Débora Vitória

A pequena Débora morreu e sua mãe ficou ferida após as duas serem baleadas durante um assalto na noite do dia 11 de novembro. Segundo as informações repassadas ao GP1 pela Guarda Civil Municipal, o crime ocorreu no momento em que mãe e filha estavam saindo de casa em uma motocicleta, quando foram abordadas por um criminoso.

Um policial então reagiu à investida do bandido e iniciou-se uma troca de tiros. Em meio ao tiroteio, mãe e filha foram baleadas.

Um vizinho levou as duas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no entanto, a criança acabou não resistindo e já chegou sem vida na unidade de saúde.

Mãe diz que tiro que matou Débora partiu de um PM

Dayane Gomes afirmou em entrevista ao GP1 que o tiro que matou sua filha saiu da arma de um tenente da Polícia Militar do Piauí, vizinho da família, que presenciou o assalto e reagiu contra os bandidos.

“O assaltante disse assim, quando ele viu que [o policial] estava com a arma, ‘não atira que eu não vou atirar’, e ele [policial] já veio atirando. Na hora que ele atirou, o primeiro tiro pegou na minha filha. A bala saiu da arma dele [do policial], eu pedi pelo amor de Deus para ele não atirar e ele atirou novamente. Ele atirou por três vezes na gente. O primeiro tiro foi dele, pegou nas costelas da minha filha e atravessou para o outro lado”, explicou a mãe.

Foto: Lucas Dias/GP1Dayane Gomes, mãe de Débora Vitória
Dayane Gomes, mãe de Débora Vitória

Caso foi dividido em dois inquéritos

Por conta da necessidade de aguardar o resultado do exame de balística que vai definir de qual arma saiu a bala que matou Débora Vitória, a delegada Nathália Figueiredo abriu dois inquéritos.

No primeiro inquérito, o bandido Clemilson da Conceição Rodrigues foi indiciado pelo crime de tentativa de latrocínio contra Dayane Gomes. O segundo vai indiciar o responsável pela morte de Débora Vitória.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.