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Monsenhor Hipólito - Piauí

Presidente da Câmara de Monsenhor Hipólito é preso pela Polícia Civil

O GP1 teve acesso, com exclusividade, ao boletim de ocorrência registrado contra o parlamentar.

O presidente da Câmara Municipal de Monsenhor Hipólito, vereador Mariano Gomes Vidal, mais conhecido como Mário Micheline, foi preso acusado de desacatar a delegada Maria Robianne Belém, da Polícia Civil do Piauí, durante uma blitz que estava sendo realizada no município, na tarde desse sábado (03), por volta de 13h.

O GP1 teve acesso, com exclusividade, ao boletim de ocorrência registrado contra o parlamentar. A delegada relatou que estava participando da blitz na cidade quando abordou Mário Micheline, em uma motocicleta, com um passageiro, ambos sem capacete. Durante a abordagem, o vereador começou a questionar as diligências e retrucou em voz alta, desrespeitando a autoridade policial. Além disso, o acusado alegou que não poderia ser preso por ser vereador do município.

Foto: Reprodução/InstagramVereador Mariano Gomes Vidal, conhecido como Mário Micheline
Vereador Mariano Gomes Vidal, conhecido como Mário Micheline

“O autuado começou a fazer questionamentos sobre a operação policial; que ao ser questionado o porquê de não estarem (autuado e garupa) fazendo uso de capacete, o autuado, em tom de ironia, disse que na cidade ninguém usava por que não tinha necessidade; que a depoente disse ao autuado que não se tratava de necessidade, mas de um dever legal; que o autuado continuou retrucando em voz alta e ironizando todos os comandos da depoente; que a depoente pediu para o autuado se calar enquanto aguardava o documento do veículo, tendo ele retrucado dizendo que ninguém podia mandar ele se calar, pois ele também era autoridade; que a depoente disse por diversas vezes que se o autuado não atendesse a ordem de ficar em silêncio enquanto aguardava o documento, iria autuá-lo por desacato, tendo mais uma vez dito em tom de alteração que para prendê-lo teríamos que prender a cidade inteira; que sem permissão de saída do local, o autuado saiu dizendo que levassem então a moto para o pátio que depois ele a retiraria, que era vereador e que ninguém poderia lhe prender”, detalhou a autoridade policial em depoimento na 3ª Delegacia Regional de Picos, para a delegada Maria Francineide da Silva Pontes.

Ainda conforme o depoimento da delegada Maria Robianne, um filho do vereador ainda foi ao local tentar acalmar o pai, mas o parlamentar permaneceu a desacatar a polícia. Diante disso, o acusado foi preso e encaminhado para a Central de Flagrantes de Picos.

“Que ainda na tentativa de conter os ânimos, foi solicitado a um filho do autuado que se aproximava para que acalmasse o pai dele, tendo o filho tentado, porém, em vão, pois o autuado permaneceu esbravejando que era autoridade; que, diante do tumulto causado pelo autuado, uma equipe da Polícia Civil realizou sua condução para a Central de Flagrantes para que se fizesse os procedimentos cabíveis”, diz trecho do depoimento no Boletim do Ocorrência.

Pagamento de fiança e soltura

Após ser levado para a Central de Flagrantes de Picos, o vereador foi autuado pelos crimes tipificados nos artigos 330 e 331 do Código Penal Brasileiro, que referem-se a desobediência e desacato. Foi também arbitrada uma fiança de R$ 4 mil paga pelo parlamentar e por fim, foi determinado que ele deve comparecer perante a autoridade judicial todas as vezes que for intimado para atos do inquérito, da instrução criminal e para o julgamento.

Além disso, ele não poderá mudar de residência, sem prévia permissão, ou ausentar-se por mais de 8 dias da sua casa, sem comunicar à Justiça.

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