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Teresina - Piauí

Juíza decreta prisão preventiva de mais um acusado de matar PM em Teresina

A decisão da juíza Lucyane Martins Brito, da Central de Inquéritos de Teresina, foi dessa quarta (28).

A juíza Lucyane Martins Brito, da Central de Inquéritos de Teresina - Procedimentos Comuns, decretou a prisão preventiva de mais um acusado de participar da morte do policial militar do Piauí, Agamenon Dias Freitas Júnior, em fevereiro deste ano.

Na decisão dessa quarta-feira (28), a magistrada acatou pedido da autoridade policial e decretou a prisão de Diego Bruno da Costa Sousa, o “Pit Girl” que, segundo as investigações, auxiliou Tiago Rocha Santiago a subtrair a arma de fogo da vítima para ceifar sua vida momentos depois.

Foto: Reprodução/WhatsappPolicial Agamenon Dias Freitas Júnior
Policial Agamenon Dias Freitas Júnior

A juíza entendeu que os “indícios são suficientes para que se reconheça a existência do fumus comissi delicti” e que “as filmagens obtidas pelas câmeras de segurança do local do delito denotam que o representado agiu desproporcionalmente, em concurso de agentes, sem possibilitar meio de defesa à vítima, que foi assassinada com sua própria arma de fogo após diversos golpes (chutes, socos e garrafadas)”.

Para a magistrada, a liberdade de Diego Bruno se mostra comprometedora à garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. “Por todo o exposto, decreto a prisão preventiva de Diego Bruno da Costa Sousa, em razão da fundamentada necessidade da custódia cautelar para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, decidiu.

Denúncia

O promotor Regis de Moraes Marinho, da 15ª Promotoria de Justiça de Teresina, ofereceu denúncia no dia 23 de fevereiro de 2024 contra Tiago Rocha Santiago, Pedro Vitor Cardoso Almeida, Wicloas Neves Portela e Diego Bruno da Costa Sousa pelo crime de homicídio triplamente qualificado contra o policial militar Agamenon Dias Freitas Júnior. Ele foi assassinado durante uma briga no posto de combustíveis Petróleo, no dia 04 de fevereiro deste ano, na zona sudeste da Capital.

Foto: Reprodução/WhatsappTiago Rocha Santiago, Wicloas Neves Portela e Pedro Vitor Cardoso da Silva
Tiago Rocha Santiago, Wicloas Neves Portela e Pedro Vitor Cardoso da Silva

Os quatro foram denunciados por homicídio qualificado, com incidência das qualificadoras de motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em concurso material com o crime de lesão corporal de natureza leve e corrupção de menores. Ademais, Tiago Rocha Santiago (autor dos disparos que mataram o policial) também foi denunciado por roubo majorado, por ter subtraído a arma de fogo do PM após o homicídio.

Indenização

No documento, o promotor Regis Marinho também pediu que os quatro acusados sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. Além disso, ele solicitou que, caso sejam condenados, paguem o valor mínio de indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) aos familiares da vítima Agamenon Dias Freitas Júnior, e mais R$ 20.000,00 (vinte) mil em favor da vítima sobrevivente, Ismael Rodrigues de Araújo.

"Seja fixada, em favor dos familiares da vítima falecida, quando da eventual Sentença Condenatória, o valor mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais), e R$ 20.000,00 (vinte) mil reais, em favor da vítima sobrevivente, a título de reparação dos danos causados pela infração, já que impossível mensurar o valor de uma vida ou da integridade física, nos termos do art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, ao tempo em que requeiro instrução probatória para verificação do referido quantum", escreveu o promotor Regis Marinho.

O membro do Ministério Público requereu também o recebimento da denúncia, a citação dos denunciados para responder à acusação no prazo de 10 dias, a manutenção da prisão preventiva e a condenação dos acusados.

O processo segue para a Central de Inquéritos do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), para ser distribuído a uma das varas criminais da Capital. Quando a denúncia for recebida pela Justiça, os acusados se tornarão réus e passarão por audiência de instrução e julgamento.

O crime

Agamenon Dias Freitas Júnior, lotado na Cavalaria da Polícia Militar do Piauí, foi assassinado com tiros na cabeça e nas costas na madrugada do dia 4 de fevereiro, durante uma confusão em um posto de combustíveis localizado na Avenida dos Expedicionários, próximo ao Atlantic City, zona sudeste de Teresina.

De acordo com o inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a confusão que culminou no assassinato do policial teve início após um dos adolescentes envolvidos no crime ter tentado furar a fila da loja de conveniência do posto de combustíveis e ter sido repreendido por Agamenon Dias. Foi então que a discussão se estendeu para fora do estabelecimento, onde o policial e o amigo dele, Ismael Rodrigues de Araújo, foram agredidos por Tiago Rocha, Wicloas Neves, Pedro Vitor, Diego Bruno e os dois menores de idade.

O policial Agamenon Dias foi imobilizado dentro de seu carro por Diego Bruno e executado com disparos efetuados por Tiago Rocha, usando a própria arma do militar. Enquanto Ismael Rodrigues de Araújo conseguiu fugir dos criminosos. Vídeos feitos por populares mostram o momento da confusão generalizada que terminou com o assassinato do PM.

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