Brunno Suênio
Thais Guimarães
O delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concedeu entrevista à imprensa nesta quarta-feira (17), e falou a respeito do tiroteio ocorrido no último final de semana no Bar da Thays, localizado na zona leste de Teresina, foi promovido por uma facção criminosa. Duas pessoas morreram em decorrência do atentado a tiros.
Segundo o delegado, a região onde fica o bar – Vila Madre Teresa – é área de atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC), e que uma facção rival, provavelmente o Bonde dos 40, foi responsável pelo tiroteio.
“Pelo que consta no procedimento, segundo informação do pessoal, e as postagens posteriores que foram feitas em algumas redes sociais, estamos levantando que poderia ser realmente briga entre facções na cidade. Segundo informação das pessoas ouvidas, a região seria a área do PCC”, afirmou Jorge Terceiro.
Bandidos disseram que eram da polícia
A dinâmica do crime também foi detalhada pelo delegado. Segundo ele, um dos criminosos usava um colete a prova de balas e dizia que era da polícia. “A informação tanto do rapaz que foi ouvido aqui, como também da moça que trabalhava na portaria, na venda dos ingressos, é de que três veículos de cor branca chegaram no local, e do primeiro veículo desceu um indivíduo alto, forte, com um colete e um capuz, e informou de imediato que era a polícia, para todo mundo ficar parado”, explicou.
Atiradores não tinham alvo definido
Ainda conforme o delegado, testemunhas relataram que os homens encapuzados não tinham alvo definido, e atiraram em todas as direções possíveis. “Um dos rapazes que estava fazendo a segurança no estabelecimento informou que os indivíduos não tinham alvo específico, eles chegaram atirando em quem se encontrava no local, até o DJ levou um disparo de arma de fogo no pé, então eles foram de forma indiscriminada”, revelou.
Dona do bar foi ouvida
A polícia trabalha com a possibilidade de os criminosos terem atuado no sentido de intimidar a proprietária do estabelecimento, para que ela encerrasse as atividades na Vila Madre Teresa. “No local não havia um alvo específico, tudo indica, até o momento, que queriam encerrar as atividades daquele estabelecimento no local, porque seria vinculado a uma facção rival”, apontou Jorge Terceiro.
Por outro lado, a dona do bar foi ouvida pelo DHPP e disse que nunca recebeu ameaças. “Ela nega completamente. Ela disse que nunca recebeu qualquer ameaça desse tipo vinculada a facções, mas que a informação que anda pelo bairro, a população anda comentando na área, de que realmente uma facção rival teria ido lá para acabar com a festa do estabelecimento dela, porque é uma área que seria vinculada a outra facção”, concluiu o delegado do DHPP.
Duas mortes
Duas pessoas morreram após serem alvejadas em um tiroteio durante um baile de reggae no Bar da Thays, ocorrido na madrugada do último domingo (14). João de Deus Rodrigues Barros morreu instantaneamente no local, e na noite dessa terça-feira (16), Jonas Vieira de Carvalho, que também havia sido alvejado, morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
O bar foi interditado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI).
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