Theresina Hall desrespeita a Lei e desmata irregularmente área de preservação do rio Poti

A casa de shows e eventos, Theresina Hall, inaugurada no último dia 22 de novembro tem levantado fortes discussões quanto ao impacto ambiental causado ao rio Poti, tendo em vista a proximidade do empreendimento construído na margem ao lado do Parque Ambiental Beira – Rio.
O GP1 foi até o local em novembro do ano passado e constatou os primeiros danos por conta da grande Área de Preservação Permanente (APP) desmatada irregularmente. De acordo o inciso I, art. 4º da Lei Federal 12.651/2012, é considerada Área de Proteção Permanente as margens dos cursos d’água com faixa mínima de 30 metros para os rios de menos de até 10 metros de largura.
No caso especial do rio Poti, que possui uma extensão de 50 a 200 metros de largura, considera-se uma APP as margens de até 100 metros de distância dos cursos d’água.

Ao retornar ao local dois meses depois em companhia do especialista em meio ambiente e professor de biologia da UFPI, José Ribamar, ele alertou sobre o processo avançado de assoreamento atenuado pelo sistema de escoamento de águas da chuva interligado ao empreendimento.
"Foi feito um sistema de escoamento de águas pluviais inadequado, considerando que a desembocadura está a cerca de 50 metros da margem do rio sobre o solo arenoso e frágil. Como resultado das chuvas ocorridas em novembro houve um acentuado processo de erosão, agravado pela ausência da vegetação nativa, retirada na instalação do empreendimento", disse José Ribamar.

Consequências

As consequências do processo erosivo podem ser observadas pelo deslocamento de grande quantidade de solo para o leito do rio, agravando o processo de assoreamento que o mesmo vem sofrendo, especialmente nos últimos anos.
Para José Ribamar, esse fato pode ser facilmente observado pela maior quantidade de bancos de areia em seu leito, diminuindo o fluxo das águas, que perde força, favorecendo a deposição de sedimento, que por sua vez criam um ambiente favorável ao crescimento de plantas, como as canaranas, que consomem o rio Poti.

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