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Empresários denunciam abordagens truculentas de fiscais do CREF-PI

Os profissionais relatam constrangimento durante as vistorias do Conselho Regional de Educação Física.

Profissionais do segmento das academias de atividades físicas denunciaram ao GP1, nesta terça-feira (06), que estão se sentindo coagidos com as abordagens dos fiscais do Conselho Regional de Educação Física no Piauí (CREF15), durante as vistorias que vêm ocorrendo nos estabelecimentos.

De acordo com o presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física do Estado do Piauí (APEF-PI), Demóstenes Ribeiro, diversos profissionais relataram insatisfação acerca das vistorias e apontam ainda abordagem truculenta por parte dos fiscais. “Existe uma reclamação unânime sobre a forma como todo o segmento é abordado pelos fiscais do CREF. Como eu tenho rodado bastante pelo Piauí, tenho recebido muitas reclamações do CREF dos colegas”, contou.

Foto: Lucas Dias/GP1Demóstenes Ribeiro
Demóstenes Ribeiro

Um dos relatos é de Raylan Ribeiro, que é proprietário de uma academia que fica localizada no município de Manoel Emídio. Ele conta que há alguns meses foi surpreendido com a decisão do CREF em suspender as atividades em sua academia. A situação teria ocorrido após os fiscais não encontrarem o estabelecimento funcionando.

“A academia estava fechada no momento da vistoria deles, foi uma sexta-feira à tarde. Minha mãe mora ao lado e como não encontraram a academia aberta, eles bateram na residência dela e ela foi atender sem saber de nada. A obrigaram a assinar um relatório, na qual ela foi colocada como atendente da academia, relatando que foram fazer a vistoria e a academia encontrava-se em funcionamento, diz ainda que foram recebidos por uma atendente, no caso a minha mãe, sem a presença de nenhum responsável técnico. Eu tenho um responsável técnico que atua o dia inteiro na academia, mas ela estava fechada, então é um relatório completamente mentiroso e agora, inclusive, entraram no Ministério Público exigindo uma resposta da minha parte sobre esse referido documento do CREF, suspendendo até mesmo minhas atividades físicas, alegando que no momento da vistoria eu estava sem responsável técnico durante o funcionamento da academia”, explicou Raylan Ribeiro.

Nélio Cerqueira, proprietário de uma academia em Piracuruca, conta que diariamente é submetido a situações de constrangimento durante as abordagens do CREF. Ele relata que os fiscais vêm acompanhado de uma viatura da polícia que é sempre estacionada na porta do estabelecimento, causando desconforto aos frequentadores.

“O modo como eles nos abordam já é errado. Eles chegam com uma viatura da polícia na porta do estabelecimento, como se fôssemos bandidos, sabendo eles que a academia está legalizada e isso nos dá prejuízo, porque as pessoas acabam tendo uma impressão errada do nosso estabelecimento. Me sinto perseguido pela fiscalização do CREF. Em um episódio, minha esposa estava gestante e dentro da academia, quando um fiscal chegou a abordando de uma forma bastante truculenta, ameaçando que ela iria ser presa, sendo que estávamos completamente legalizados. Ela ficou bastante nervosa e precisou até ser internada. Estou indignado com as abordagens do CREF, nos tratam como se fôssemos bandidos e me sinto perseguido porque têm várias academias irregulares na cidade que eles sabem da condição e não vão lá fiscalizar”, disse.

O que diz o CREF

O GP1 entrou em contato com a assessoria do CREF15, que por meio de nota afirmou desconhecer o teor das denúncias. A entidade ressaltou que, pelo contrário, vem recebendo constantes elogios por parte daqueles que cumprem as leis.

Leia a nota na íntegra:

O Conselho Regional de Educação Física do Piauí informa que desconhece as supostas denúncias de empresários sobre as fiscalizações em academias. O CREF15 não recebeu nenhuma denúncia sequer sobre o assunto, nem por meio de nossa ouvidora, tampouco por nossos canais oficias de comunicação, como site e redes sociais.

As ações de fiscalização do conselho têm recebido constantes elogios daqueles que cumprem a lei e respaldo de órgãos como Procon e Ministério Público, que sempre acompanham nossos fiscais nas abordagens e, em hipótese alguma, permitiriam quaisquer excessos por parte dos nossos gestores.

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