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Piauí

Juíza dá 60 dias para polícia concluir inquérito contra ex-reitor da UFDPar

Alexandro Marinho é investigado sob acusação de estelionato contra juiz e delegada da Polícia Civil.

A juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, prorrogou por mais 60 dias o inquérito policial que investiga o professor Alexandro Marinho, ex-reitor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), que está sendo acusado do crime de estelionato contra clientes da construtora de sua propriedade, a Núcleo Construções LTDA. A decisão pela prorrogação do inquérito é do dia 5 de abril.

A Polícia Civil do Piauí pediu a dilação de prazo por não ter obtido resposta da solicitação de análise de dados e documentos bancários referentes à quebra de sigilo bancário e fiscal, datado de 26/01/2023, que é de suma importância para a investigação.

Foto: Divulgação/UFPIAlexandro Marinho Oliveira
Alexandro Marinho Oliveira

Citado, o Ministério Público do Estado do Piauí se manifestou favorável à dilação de prazo.

“Por se tratar de investigação de difícil elucidação, defiro o pleito, concedendo à autoridade policial o prazo suplementar de 60 (sessenta) dias, a fim de que seja concluída a investigação”, determinou a juíza Maria Ivani.

O inquérito foi aberto pela Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Parnaíba no dia 31 de março de 2022, e também investiga Cláudio Roberto Castelo Branco, sócio de Alexandro Marinho.

Denúncias

O professor Alexandro Marinho foi denunciado à Polícia Civil, acusado de ter praticado estelionato contra: José Carlos da Fonseca Lima Amorim (juiz da Comarca de Buriti dos Lopes); Rafaela Silva Bezerra Dourado (delegada da Polícia Civil do Piauí); Bruno Leonardo da Silva Dias (policial rodoviário federal); Suedy Dourado Santiago (servidor da Justiça Federal); Lucivando Ribeiro Martins, Rafael Pires de Sousa Matos (servidor do Ministério Público do Estado do Maranhão) e a empresa Handytech Informática e Eletrônica Ltda.

Todas as vítimas contrataram a empresa Núcleo Construção, de propriedade de Alexandro Marinho e Cláudio Castelo Branco, para a construção de casas no município de Parnaíba, com exceção da Handytech Informática, que contratou a empresa para a instalação de um sistema de energia solar.

Ocorre que, segundo os denunciantes, os imóveis não foram entregues, nem o dinheiro já pago foi devolvido.

Três inquéritos

Alexandro Marinho se tornou alvo de mais dois inquéritos além deste, sendo indiciado, nesses dois outros casos, também por estelionato.

Um dos inquéritos investigou crime de estelionato contra um advogado e uma defensora pública. Já o outro apurou a denúncia do próprio sócio do professor: Cláudio Roberto Castelo Branco. Após as investigações, a polícia concluiu que Alexandro Marinho teria obtido vantagem ilícita em prejuízo da vítima, usando da condição de sócio para falsificar assinatura ao celebrar contrato com clientes e apropriar-se de quantias de propriedade da empresa sem repassar os valores.

Destituído do cargo de reitor

Após ser alvo de várias denúncias por estelionato, que resultaram na abertura de três inquéritos policiais com dois indiciamentos, Alexandro Marinho foi destituído do cargo de reitor da Universidade Federal Delta do Parnaíba (UFDPar). A portaria com a dispensa foi assinada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, no dia 26 de janeiro.

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