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João Mádison afirma que impeachment é um pedido do povo

"Esse é um resultado das vozes roucas das ruas que queriam mudança e para ter mudança isso passa pela presidência. Não é o PMDB, é o povo", declarou o parlamentar.

O deputado João Mádison (PMDB) afirmou, em entrevista ao GP1, na manhã desta segunda-feira (18), que a aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara Federal, é um pedido da população e disse não acreditar que o Senado conseguirá reverter essa situação.

“Esse é um resultado das vozes roucas das ruas que queriam mudança e para ter mudança isso passa pela presidência. Não é o PMDB, é o povo. De acordo com uma pesquisa, mais de 60% da população queria o impeachment. A presidente perdeu a credibilidade. Temos mais de 10 milhões de desempregados, a inflação está em mais de 10%, estamos perdendo a confiança internacional. Temos que buscar uma solução e o que a Câmara fez, foi ouvir o povo”, destacou o deputado.
Imagem: Lucas Dias/GP1João Madison(Imagem:Lucas Dias/GP1)João Madison
João Mádison disse ainda não acreditar que o Senado possa reverter esse resultado. “Não. No Senado a maioria é pró-impeachment. Ela [Dilma] vai ter o direito de se defender, mas não acredito que consiga mudar o resultado”, afirmou o parlamentar.

O PT já manifestou que se o impeachment for concretizado, vai querer que novas eleições sejam realizadas. Por lei, no caso de um impeachment, é o vice-presidente Michel Temer (PMDB) quem assume a presidência.

“Não tem problema, é um direito deles de querer nova eleição. Podem até fazer novas eleições, mas tudo deve ser do prazo estipulado. Ela vai ter que se afastar, terá o tempo para se defender. Agora o Temer tem que ter o tempo dele para tentar resolver os problemas do país. Se não conseguir, pode se discutir a possibilidade de nova eleição, mas no momento, a verdade é que não existe nenhum respaldo jurídico para isso”, declarou.

Apoio de Marcelo Castro ao PT

O deputado Marcelo Castro (PMDB), ex-ministro da Saúde, decidiu continuar apoiando a presidente Dilma Rousseff, mesmo com o partido sendo o responsável por articular o impeachment. Castro chegou a ser exonerado do Ministério para poder votar contra o impeachment.
Imagem: Renayra de Sá/GP1Ministro da Saúde, Marcelo Castro(Imagem:Renayra de Sá/GP1)Ministro da Saúde, Marcelo Castro
Para João Mádison, a decisão de Marcelo Castro não deve levá-lo a expulsão do partido. “Acho que não. Essa foi uma decisão dele, e eu acho que deve ser respeitada. Da minha parte, ele não tem que deixar o partido. Não acho que há um motivo para expulsá-lo”, explicou.

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