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Política

Ciro Nogueira comemora arquivamento de denúncia: "Justiça tarda, mas não falha"

A denúncia foi rejeitada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal no último sábado (16).

O senador Ciro Nogueira divulgou, na noite dessa segunda-feira (18), em suas redes sociais, um vídeo no qual comenta sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeitou denúncia contra ele por suposto recebimento de R$ 7,3 milhões em propina.

No vídeo, o presidente nacional do Progressistas diz que nunca reclamou enquanto estava sendo investigado porque não havia o que temer. “O meu saudoso pai, como ele me faz falta, sempre me dizia, ‘meu filho, quem não deve não teme’ e nas horas de maiores sofrimentos, meu e da minha família, eu me agarrava às palavras dele”, afirmou.

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“Esse tempo todo eu nunca reclamei de ser totalmente investigado, de vasculharem cada pedaço da minha vida e vocês nunca me viram atacar as acusações e de me fazer de vítima”, continuou Ciro Nogueira.

Ainda conforme o senador, esta era a última denúncia contra ele e que foi arquivada, assim como as outras, segundo ele. “Ao longo dos anos uma a uma das acusações foram sendo arquivadas, as investigações comprovaram a minha total inocência e hoje estou aqui para prestar contas de que a última acusação que pesava sobre os meus ombros, que havia contra mim, foi arquivada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal do nosso país, após a própria PGR pedir o arquivamento”, ressaltou Ciro Nogueira.

“Não existe nada do que disseram que não foi investigado a fundo, esclarecido e absolutamente nada ficou de pé contra mim. Fazer a coisa certa é um dever e não favor dos homens públicos brasileiros. Meu pai sempre dizia que a Justiça tarda, mas não falha nunca, principalmente, a divina”, concluiu o senador.

Entenda o caso

O Supremo Tribunal Federal formou maioria, no sábado (16), para rejeitar denúncia contra o senador Ciro Nogueira (PP) e outros alvos pelo suposto recebimento de R$ 7,3 milhões em propina.

Votaram pela rejeição da denúncia contra Ciro Nogueira os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e o atual presidente da corte, Luís Roberto Barroso. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido. Ele é marido da advogada Valeska Zanin Martins, que representa Lula na ação em que Toffoli anulou as provas da Odebrecht.

A decisão segue o novo entendimento da Corte sobre acordos de leniência firmados com a empreiteira Odebrecht, após o ministro Dias Toffoli determinar a anulação de todas as provas obtidas por esse meio. Em sua decisão, Toffoli afirmou que houve “armação” da força-tarefa e que a prisão de Lula foi um dos “maiores erros judiciários da história do país”.

Denúncia contra Ciro Nogueira

Em 2020, a Procuradoria-Geral da República denunciou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A investigação da Lava Jato tinha como base a delação premiada da Odebrecht.

Os delatores afirmaram que, entre 2010 e 2014, o senador pediu repasses financeiros para auxiliar sua campanha eleitoral e também do PP, totalizando R$ 1,6 milhão – sendo R$ 300 mil em 2010 e R$ 1,3 milhão em 2014. Os investigadores apontaram ainda que Ciro Nogueira teria recebido outros R$ 6 milhões que, inicialmente, foram omitidos na colaboração de Cláudio Melo Filho, que era amigo do senador.

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