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Eugênio Aragão diz que não vai tolerar vazamentos da PF

O novo ministro da Justiça afirmou que se "cheirar" vazamento por um agente, toda a equipe será trocada, mesmo sem provas.

Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, publicada neste sábado (19), o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse que não vai tolerar vazamentos de investigações. O ministro afirmou ainda que, se “cheirar” vazamento por um agente, a equipe inteira será trocada, sem a necessidade de ter prova.

O ministro é aliado do PT e foi empossado na quinta-feira (17), no lugar de Wellington César Lima e Silva, que ficou apenas 11 dias a frente do cargo. Ele é integrante do Ministério Público e não poderia permanecer na vaga de ministro.
Imagem: GloboEugênio Aragão, novo ministro da Justiça(Imagem:Globo)Eugênio Aragão, novo ministro da Justiça

O antigo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que deixou o cargo em fevereiro, enfrentou várias críticas de aliados do governo. O PT não gostava de como Cardozo conduzia o ministério durante os desdobramentos da Lava Jato.

O governo federal sofreu críticas por parte dos petistas por conta de vazamentos do conteúdo de investigação da Lava Jato. Parte dos petistas quer que haja maior controle do ministério da Justiça sobre a Polícia Federal.

Em uma das conversas interceptadas de Lula, ele conversa com Edinho Silva, ministro da Comunicação Social, sobre a indicação de Wellington César e diz que a imprensa vai “encurralá-lo”.

“Essa é uma coisa que eu queria falar com você, e a outra é o seguinte: é importante você ficar atento, porque vai sair muitas críticas indicação do novo ministro, com o objetivo de encurralá-lo. O objetivo é encurralá-lo. Crítica da ‘Veja’, crítico do ‘Globo’, crítica da Globo, crítica... ou seja, no fundo, no fundo, eles querem evitar que qualquer ministro acabe com o vazamento da Polícia Federal”, disse Lula.

No mesmo dia, em uma ligação com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ele critica o Ministério Público dizendo que são “enviados de Deus”.

“Olha, deixa eu lhe falar uma coisa. Esses meninos da Polícia Federal e esses meninos do Ministério Público, eles se sentem ‘enviados de Deus’”, afirmou Lula.

Lula disse para o prefeito que se vê como a “chance que esse país tem de brigar com eles para tentar colocá-lo no seu devido lugar. Ou seja, nós criamos instituições sérias, mas tem que ter limites, tem que ter regras”, disse.

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