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Economia e Negócios

Amazon tenta minar mobilização de funcionários com novo app interno

Plataforma da empresa proíbe palavras e expressões, como ‘ escravo’, ‘sindicato’ e ‘aumento de salário'.

Criticada pelas más condições de trabalho, a Amazon planeja barrar a organização de funcionários por meio de uma nova plataforma interna de comunicação ainda em desenvolvimento. A informação é do site americano The Intercept, que acessou documentos internos da empresa.

Em discussão desde 2021, o app permite que os funcionários deem feedback aos colegas de trabalho por meio de uma ferramenta chamada de “Shout-Out”. Porém, o aplicativo também tinha embutida uma lista de palavras bloqueadas, quase todas ligadas à mobilização para greves ou de cunho negativo.

De acordo com a reportagem, estavam proibidos de serem publicados termos como: “Eu odeio”, “aumento de salário”, “vacina”, “escravo”, “ameaça”, “injustiça”, “diversidade”, “étnica”, “representação”, “favoritismo” e “prisão”. O publicador da plataforma impediria a publicação automática dessas palavras, além de palavrões e xingamentos. Gerentes e outras pessoas em cargo de chefia também teriam o poder de banir e moderar conteúdo.

Segundo um documento obtido pelo Intercept, o objetivo da censura era impedir que “maus sentimentos” circulassem pela plataforma, criada para gerar positividade entre os funcionários da empresa. “Queremos nos direcionar em direção a um conteúdo restritivo que pode ser postado, de modo a evitar uma experiência negativa associada”, afirma.

O piloto do aplicativo deve ser lançado em algum momento deste mês. Ao Intercept, a Amazon afirma que pode haver mudança nas palavras censuradas.

Na sexta-feira da semana passada, 1.º, os funcionários da Amazon da unidade de Staten Island, em Nova York, se juntaram para formar o primeiro sindicato dentro da Amazon, em decisão que contraria os interesses da gigante da tecnologia.

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