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Economia e Negócios

Credor acusa acionistas da Americanas de má-fé e premeditação

Decisão a favor da loja impede investidores de cobrarem a empresa por bloqueios ou sequestro de bens.

O banco BTG Pactual, que cobra quase R$ 2 bilhões das Lojas Americanas, recorreu à Justiça para tentar reaver a decisão judicial proferida na semana passada, que impede os credores da rede varejista de obterem bloqueios e sequestro de bens da empresa ou dos acionistas.

Na petição enviada pelos advogados dos credores, eles chamam o rombo anunciado pela empresa de “fraude”. “Dois dias depois (de terem anunciado o rombo), têm a pachorra de vir em Juízo pedir uma tutela cautelar, preparatória de uma recuperação judicial, para impedir os credores de legitimamente protegerem o seu patrimônio à luz da maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país”, escreveram os advogados.

Foto: DivulgaçãoLojas Americanas
Lojas Americanas

Os bancos pedem que seja revisto as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões que a empresa disse ter encontrado. O escândalo financeiro foi o principal motivo da renúncia de Sérgio Rial, que havia assumido o cargo de CEO das Lojas Americanas há apenas 10 dias.

A medida cautelar a favor da Americanas tensionou ainda mais as relações entre os credores e os acionistas da rede, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlo Alberto Sicupira. Para resolução desse impasse, os advogados do BTG entraram com petição contra os três, e também acusam que o rombo anunciado pela rede foi premeditado.

Outro ponto suspeito do rombo é que após a sua divulgação, os três maiores acionistas venderam mais de R$ 210 milhões em ações da companhia. Caso consigam reverter a medida cautelar, credores como o BTG poderão cobrar as dívidas da varejista.

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