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'Mais diálogo e mais equilíbrio é bom', diz Doria sobre Bolsonaro

“(O que pode atrapalhar o Brasil tem a ver com) bom senso e equilíbrio, ou os excessos verbais, as divididas que não são bem pensadas", disse.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira, 30, que falta de bom senso e equilíbrio pode prejudicar as reformas no Brasil e a atração de investimentos no País. Em entrevista no Estadão Summit Brasil, o governador evitou críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro, mas reconheceu que a tensão política pode atrapalhar reformas como a tributária e a administrativa.

“(O que pode atrapalhar o Brasil tem a ver com) bom senso e equilíbrio, ou os excessos verbais, as divididas que não são bem pensadas. Não quero ser contraponto ao governo Bolsonaro”, disse Doria. Na terça, o presidente se exaltou em vídeo ao vivo em que comentava reportagem do Jornal Nacional sobre uma citação a seu nome no inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

"Mais diálogo e mais equilíbrio é bom. É o que os brasileiros esperam. Na política internacional, temos que respeitar nossos vizinhos. Não posso desejar que o mundo pense como eu penso", afirmou o governador.

Ao falar sobre poder, Doria disse que é necessário “discernimento” e “calma”. “O poder é um exercício complexo. Exige discernimento, calma, compreensão da sociedade civil, a liberdade de imprensa. Do autoritarismo, queremos distância. A exacerbação, a exaltação do poder dos extremos são nocivos. É preciso compreender o equilíbrio, o diálogo, como parte de um Estado, de um País.”

Elogios a Paulo Guedes

Doria elogiou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participa do evento. “Quem é eleito tem que liderar, um País, um Estado, um município. Tem que ter capacidade de dialogar. Reconheço no Paulo Guedes valores importantes. Não tenho visão mesquinha. Quero que o Brasil vá muito bem. Desejo e por isso fui o primeiro governador a manifestar publicamente a reforma da Previdência.”

O governador defendeu um Estado “liberal democrático”. “A melhor economia do Brasil é uma economia liberal, que valoriza o capital privado, que compreende que um Estado menor é mais eficiente. Estado não pode ser onipresente. O investidor é o grande empregador do Brasil. É o setor privado que gera emprego no País. Essa é uma visão do atual ministro Paulo Guedes, que é liberal e tem um desafio enorme dentro do governo de fazer sua boa prática.”

O Estadão Summit Brasil é inspirado na série de artigos e debates intitulada The Big Ideas, do jornal The New York Times. De maio a junho deste ano, o jornal publicou 14 textos de pensadores, ativistas, escritores e ensaístas sobre o tema “poder”.

Também falam nesta quarta no evento o apresentador Luciano Huck, que será sabatinado por jornalistas do Estado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a ministra do STF Cármen Lúcia e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

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