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Ex-PM que matou Camila Abreu recebe autorização para trabalhar fora da cadeia

A progressão para o regime semiaberto foi concedida pelo juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima.

A Justiça concedeu progressão de regime ao ex-capitão da Polícia Militar, Allisson Wattson Silva Nascimento, condenado a 17 anos, 11 meses e 5 dias de reclusão pelo feminicídio praticado contra a estudante Camilla Abreu, morta com disparo de arma de fogo na cabeça em outubro de 2017.

A progressão para o regime semiaberto foi concedida pelo juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima, da Vara de Execuções Penais em Meio Fechado da Comarca de Teresina, em decisão proferida em 19 de setembro deste ano. O Ministério Público se manifestou favorável ao pedido.

Foto: Reprodução/InstagramAllisson Wattson
Allisson Wattson

A data prevista para o benefício da progressão da pena era 17 de dezembro, no entanto, foi antecipada por conta do ex-capitão possuir 177 dias trabalhados na Penitenciária Irmão Guido, tendo 59 dias de remição da pena. A remição por meio do trabalho está prevista na Lei de Execução Penal, garantindo um dia de pena a menos a cada três dias de trabalho.

Até 19 de setembro de 2022, Allisson Wattson cumpriu 6 anos, 7 meses e 10 dias, remanescendo a cumprir 11 anos, 3 meses e 25 dias. O apenado vai obter livramento condicional em 06 de agosto de 2027.

Trabalho externo

O ex-capitão vai poder trabalhar externamente, mas terá que se comportar, caso contrário, perderá o benefício. Ele não pode ir, nem mesmo para almoçar, a mais de 100 metros do local de trabalho ou da casa da família, estará proibido de consumir bebida alcoólica, não pode se envolver em conflito na rua ou com colega de trabalho e ainda se perder o emprego, automaticamente, perde o direito de sair. A lei também exige controle de saída pela manha e ao retornar no final da tarde.

A autorização foi dada em decisão proferida em 17 de dezembro deste ano.

Relembre o caso

A estudante Camilla Abreu desapareceu no dia 25 de outubro de 2017. Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e então capitão da PM, Allisson Wattson. Ele ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas no sábado (28) e afirmou não saber do paradeiro da jovem. No dia 31 de outubro, a Polícia Civil confirmou a morte de Camilla. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante.

Na manhã de 1º de novembro, o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu. No laudo cadavérico, foi concluído que a jovem foi arrastada antes de morrer. O capitão virou réu na Justiça depois que a juíza Maria Zilmar Coutinho Leal, da 2º Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia do Ministério Público. Em abril, a juíza pronunciou o capitão para ir a julgamento pelo Júri Popular.

Expulsão

No dia 4 de fevereiro de 2019, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) decidiu, por unanimidade, pela expulsão do capitão Allisson Wattson da Silva Nascimento dos quadros da Polícia Militar.

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