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Política

Governo recua e tenta desacelerar processo de impeachment

O Planalto pretende votar todas as propostas sobre o orçamento de 2016.

O governo voltou atrás em sua estratégia de acelerar o processo de impeachment no Congresso após a reviravolta na composição da chapa da Comissão Especial, que vai julgar se o processo deve ou não seguir.

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, que vinha mantendo discurso alinhado aos interesses do governo, também mudou de tom ao proferir um recesso parlamentar mais curto.
Imagem:Divulgação "A renúncia de direitos não pode ser a resposta fácil para uma crise fiscal sem precedentes", afirma Renan Calheiros

O Palácio do Planalto era contra o recesso para evitar desgaste com manifestações de rua, mas agora passou a defender um pequeno recesso dos trabalhos legislativos para não “estressar as bancadas”.

A pausa dos parlamentares seria feita para o Natal e voltariam para votar o processo de impeachment em sessão extraordinária do Congresso em janeiro. O recesso foi decidido após a derrota na eleição da chapa oposicionista para comissão do impeachment.

A decisão foi tomada após reuniões com líderes da base governista com Ricardo Berzoini, ministro da Secretaria de Governo, na manhã de quarta-feira (9). Renan Calheiros ainda será contatado para manter o recesso parlamentar e convocar o Congresso para votar matérias orçamentárias.

Renan negou qualquer contato com o governo. "Eu conversei com setores da oposição. Me surpreende o Berzoini estar nessa posição”, disse. O presidente do Senado também mudou de ideia sobre o recesso. "Deveremos ter sessão na terça e na quarta-feira e, a partir daí, quantas vezes forem necessárias", afirmou.

O governo pretende que todas as propostas sobre o orçamento de 2016 sejam votadas, com prioridade para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ainda em dezembro. Em seguida haveria um recesso para o Natal e convocação extraordinária do Congresso durante o recesso, mas Renan afirma não saber como se dará o processo.

O recesso parlamentar parcial foi sugerido primeiramente pelo senador Aécio Neves (PSBD-MG), como uma maneira de um meio termo entre a suspensão total ou a manutenção do recesso, ponto de divergência entre o governo e a oposição.

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