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Teresina - Piauí

Operações da Depre resultaram em 425 prisões na Capital

De acordo com a DEPRE, no universo de 425 prisões, 78 foram mulheres que cada vez mais estão inseridas no crime de tráfico de entorpecentes.

Nos últimos anos, o estado do Piauí tem se transformado em rota de tráfico de entorpecentes, resultando em várias ações policiais que desencadearam prisões importantes e apreensões significativas de drogas, como cocaína, maconha especial, crack e demais entorpecentes de alto valor de comercialização. A maior parte da apreensão desses materiais foi realizada na cidade de Teresina, que é passagem obrigatória para a distribuição do entorpecente para demais estados da região Nordeste do Brasil, por conta da sua localização privilegiada.

Em razão disso, a Delegacia Especializada em Prevenção e Repressão a Entorpecentes – DEPRE – que é responsável pelo combate ao narcotráfico na Capital, tem intensificado as investigações e, em consequência, aumentou o número de prisões de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, seja por mandados de prisão ou em flagrante delito, totalizando 425 prisões. Destas 347 foram homens e 78 mulheres.

- Ao todo em 2019, 281 (duzentos e oitenta e um) homens e 64 (sessenta e quatro) mulheres acabaram sendo presos em flagrante por terem sido encontrados com algum tipo de entorpecente.

- Em decorrência de mandados de prisão preventiva, a DEPRE retirou de circulação 66 (sessenta e seis) homens e 14 (quatorze) mulheres.

Em entrevista ao GP1, o delegado adjunto da DEPRE, Emerson Almeida, explicou que embora o número de pessoas detidas em virtude de mandados de prisão preventiva seja menor, isso não implica dizer que há pouca investigação. Na verdade, as prisões em flagrante ocorrem durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão.

  • Foto: Alef Leão/GP1Delegado Emerson AlmeidaDelegado Emerson Almeida

“Toda investigação, via de regra, tem início por denúncia anônima. Nós determinamos aos agentes de polícia para que procedam às diligências no sentido de identificar se realmente aquela denúncia corresponde ao tráfico de drogas. Em correspondendo, nós representamos pela busca e apreensão. Assim, quando é feita essa investigação nós conseguimos apreender droga nesse local. Então, cumprida a busca, encontrada a droga, nós realizamos o auto de prisão em flagrante, ou seja, em toda investigação nós instauramos o inquérito policial. Foram mais de 500 procedimentos instaurados em 2019 e que resultaram nesses números de prisões. Então, dessa busca e apreensão para se encontrar a droga é que surge a prisão em flagrante”, explicou.

A quantidade de droga retirada de circulação na Capital foi bastante expressiva, principalmente, em razão da apreensão de uma tonelada de cocaína realizada no início do mês de dezembro deste ano, quando uma quadrilha foi desarticulada durante uma ação integrada das polícias civil e militar em vários pontos da cidade.

As apreensões de drogas ocorridas em 2019 superam o ano passado, sobretudo, o ecstasy, que possui alto valor de mercado e tem como público consumidor pessoas de alto poder aquisitivo. Os dados revelam um aumento 07 (sete) para 493 (quatrocentos e noventa e três) comprimidos de ecstasy apreendidos.

Aplicativo DEPRE/DH

Uma das ferramentas utilizadas para auxiliar no combate ao tráfico de entorpecente tem sido cada vez mais difundida para a população. Através do aplicativo DEPRE/DH, o cidadão oferece informações de maneira anônima que podem identificar a ocorrência do tráfico de drogas e crimes muitas vezes associados. O delegado Emerson Almeida frisou a importância da ferramenta que, na grande maioria das vezes, é essencial para que a Polícia Civil chegue até o alvo denunciado.

“É muito importante que a sociedade contribua com o aplicativo, é uma denúncia anônima, a pessoa não será identificada e isso nos ajuda e muito para que a gente possa prender o traficante, que é um sujeito inescrupuloso, ele não escolhe idade, cara, não escolhe classe social e nem cor para vender, é um câncer social. Então a sociedade tem que se mobilizar no sentido de proferir o maior número de denúncias possíveis para que a gente possa prender esses indivíduos e reserva-los ao cárcere. O cidadão pode baixar o aplicativo em seu smartphone e lá existe um campo para fazer a denúncia de forma totalmente anônima”, pontuou.

Participação da mulher no tráfico

Outro ponto que se demonstrou ainda mais flagrante neste ano é a participação maciça da mulher no tráfico de entorpecentes. De acordo com a DEPRE, 78 foram mulheres acabaram presas durante as ações policiais deflagradas nos pontos de vendas de entorpecentes.

Desestruturação das associações criminosas

Por fim, com objetivo de estancar a célula que alimenta o tráfico de entorpecentes, muitas vezes as investigações apontam para a existência da lavagem de dinheiro, que serve para financiar a atuação das associações criminosas. Por conta disso, os levantamentos realizados pela DEPRE acabam detectando crimes secundários, que são alvo de novos inquéritos.

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